segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Escalo silêncios
Sem nunca chegar o fim

Procuro em vão palavras aonde me segurar
Aonde apoiar os pés

Escalo silêncios
Sem nunca obter respostas

Escalo
Calas
Escalo
Calas
Escalo
Calas.

Calo. 


domingo, 4 de agosto de 2013

* Uma reescritura


Tua boca é a nascente de um rio
Que me navega na solidão de horas mudas
Que me cerca em marés de silêncios
E me prende em correntes de angústias.

Tuas histórias nada contam de ti
Tuas perguntas nada querem saber
Tuas respostas devolvem-me enigmas
Indecifráveis.


Aprisionada, sigo o fluxo de tuas águas
Agarrando as palavras que me dás
Construindo pontes que levarão a lugar nenhum.

És um cavaleiro sem rosto
Vagando nas noites escuras do meu coração.